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Pesquisa: Entenda porque eleitores demonstram maior receio do retorno de Bolsonaro à Presidência do que da reeleição de Lula em 2026

Pesquisa: Entenda porque eleitores demonstram maior receio do retorno de Bolsonaro à Presidência do que da reeleição de Lula em 2026

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Por Carlinhos DJ, jornalista editor do imprensa livre desde 1993

Os eleitores temem o retorno do bolsonarismo em 2026 e fundamentam suas preocupações em fatores concretos ligados ao legado do governo anterior e ao perfil político do movimento, conforme apontam pesquisas e análises.

A memória do caos na saúde durante a COVID-19 (escassez de oxigênio, lentidão na vacinação) ainda é fresca.  
 

Instabilidade econômica, inflação de dois dígitos (2021-2022), combustíveis caros e alta do desemprego geraram impacto direto na vida da população.  
 

Discurso de ódio, ataques a instituições e estímulo à divisão social criaram um clima de tensão permanente.

Riscos à democracia e instituições com ataques ao sistema eleitoral, campanhas de desinformação e questionamentos infundados sobre urnas eletrônicas minaram a confiança no processo democrático.  
 

A invasão de prédios públicos por apoiadores radicalizados foi o ápice da escalada antidemocrática, relacionamento conturbado com Judiciário e Congresso, atritos constantes com STF, TSE e parlamentares geraram impasses políticos recorrentes.

(Deixa a boiada passar a votatade) Aceleração do desmatamento, extração ilegal de ouro e outros minerais na Amazônia (média de +75% ante governos anteriores e enfraquecimento de órgãos de fiscalização.  

Retrocessos em políticas de gênero, indígenas e quilombolas, além de discursos contra minorias.  
 

Isolamento internacional tensões com parceiros comerciais e deterioração da imagem do Brasil no exterior.

Pesquisa:

De acordo com pesquisas recentes do instituto Genial/Quaest, divulgadas em junho de 2025, os eleitores brasileiros demonstram maior receio do retorno de Jair Bolsonaro à Presidência do que da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.

Medo da volta de Bolsonaro:  
45% dos entrevistados afirmaram temer mais o retorno de Bolsonaro ao poder .  
 40% declararam temer mais a continuidade de Lula .  
 7% temem ambos os cenários, e 5% não responderam .

Rejeição à polarização:  
66% dos eleitores acham que Lula não deve concorrer à reeleição (maior índice da série histórica, com alta de 14 pontos desde julho de 2024) .  

 

65% afirmam que Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030, deveria desistir de sua pré-candidatura e apoiar outro nome 

Rejeição eleitoral:  
Lula tem 57% de rejeição(ante 40% de aprovação), enquanto Bolsonaro e familiares (Michelle, Eduardo) oscilam entre 51% e 56%.  

Governadores como Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR) têm rejeição menor (*29%-33%) .

Cenários Eleitorais para 2026:  
Em simulações de segundo turno, Lula empata tecnicamente com:  
Bolsonaro (41% vs. 41%) .  
Tarcísio (41% vs. 40%) .  
Michelle Bolsonaro (43% vs. 39%) .  
Ratinho Júnior (40% vs. 38%) .  

Lula mantém vantagem contra nomes como Eduardo Bolsonaro (44% vs. 34%) e Romeu Zema (42% vs. 33%) .

A alta rejeição a ambos reflete um cansaço do eleitorado com a dicotomia Lula-Bolsonaro, que dominou as eleições de 2018 e 2022 .  

Lula tenta reverter a desaprovação com medidas sociais (isenção de IR, crédito facilitado), mas ainda sem impacto concreto .  

Bolsonaro insiste em candidatar-se apesar da inelegibilidade, o que é rejeitado até por 55% dos eleitores de direita.  
Tarcísio e Michelle lideram como possíveis substitutos de Bolsonaro, com 17%* e 44% de preferência entre bolsonaristas, respectivamente .

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios (29/05 a 01/06/2025), com margem de erro de 2 pontos e confiança de 95%.

Os dados indicam que, embora o medo de Bolsonaro seja maior, a insatisfação com a polarização abre espaço para novos nomes em 2026, especialmente entre a direita.

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