Por Carlinhos DJ, jornalista editor do imprensalivre desde 1993

A situação em Guarapari parece refletir um cenário comum em muitas administrações, onde a harmonia inicial entre os poderes Legislativo e Executivo começa a se desgastar após os primeiros meses de mandato.

Serviços básicos como capina, manutenção de iluminação pública e atendimento na UPA e HIFA são essenciais para a população.

A expectativa dos vereadores em relação ao atendimento de suas reivindicações é natural, especialmente quando eles representam os interesses da comunidade.

A administração deve buscar formas de atender às demandas dos vereadores.

Esse tipo de tensão começa surgir quando há uma falta de comunicação eficaz entre os dois poderes ou quando as prioridades do Executivo não alinham com as demandas dos vereadores.

Para que a situação não se agrave, é fundamental que haja um diálogo aberto.

Após as eleições, há um período de expectativa onde a população aguarda resultados.

Com o tempo, a cobrança aumenta, especialmente quando promessas não são cumpridas.

Propostas de campanha podem não considerar limitações reais da gestão.
 

A insatisfação com serviços básicos pode ser instrumentalizada politicamente, gerando instabilidade.

Engajar a mídia local para cobrir soluções, não apenas conflitos.

A crise em Guarapari não é isolada, mas exige ações urgentes para evitar que a polarização e a falta de resultados concretos alimentem ainda mais a desconfiança da população.

A gestão eficiente, o diálogo entre poderes e a transparência serão fundamentais para restabelecer a credibilidade antes do ciclo eleitoral de 2026.

Enquanto isso, a sociedade civil deve manter-se organizada para cobrar prioridades reais, não apenas agendas partidárias.