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"Tarifaços" de Trump desencadeou uma crise econômica global comparada à COVID-19, a China respondeu com taxas de 84%

"Tarifaços" de Trump desencadeou uma crise econômica global comparada à COVID-19, a China respondeu com taxas de 84%

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Por Carlinhos DJ, jornalista editor do imprennsalivre desde 1993

A escalada de tarifas impostas pelo governo de Donald Trump em 2025 desencadeou uma crise econômica global comparada à disseminação da COVID-19, com efeitos imediatos em mercados, relações comerciais e cenário político. 

Trump impôs uma tarifa base de 10% sobre quase todos os produtos importados pelos EUA, com taxas mais altas para países como China (54%), União Europeia (20%), Coreia do Sul (26%) e Japão (24%).

A justificativa foi equilibrar déficits comerciais, mas a medida gerou caos nos mercados.
 

Os índices globais registraram quedas acentuadas, com o Dow Jones caindo 5,5% e o Nasdaq 5,8% em um dia, as maiores perdas desde a pandemia de 2020.

O mercado global perdeu US$ 4,9 trilhões em valor em dois dias.
 

Economistas como Bruce Kasman (JPMorgan) elevaram a probabilidade de recessão global para 60%, citando o impacto cumulativo das tarifas e retaliações.

A China respondeu com taxas de 84% sobre produtos dos EUA a partir de 10 de abril, além de ameaçar proibir importações de carne de aves, suspender cooperação antidrogas e investigar propriedade intelectual de empresas norte-americanas.
 

As ações chinesas afetaram commodities como petróleo (-6%) e cobre (-6%), refletindo temores de desaceleração econômica global.

Hong Kong teve sua pior queda em 28 anos.

A declaração de Lula ("cada presidente que cuide do seu país") reflete uma postura de resistência à interferência externa, embora o governo brasileiro ainda avalie medidas para mitigar danos.

O país foi incluído na lista de tarifas recíprocas de 10%, o que pode afetar exportações como soja e produtos agrícolas.
 

A busca por novos mercados, como parcerias com países asiáticos ou blocos como o Mercosul, pode ser uma estratégia para contornar as tarifas.

Crise Política nos EUA e Pedidos pela Volta de Biden, Republicanos como o senador Chuck Grassley uniram-se a democratas para propor leis que limitem o poder de Trump sobre tarifas, sinalizando fissuras no partido.

O eleitorado expressa preocupação com inflação e perdas em investimentos.
 

A queda do poder aquisitivo (estimada em US$ 1.700 por família) e o temor de recessão reacenderam demandas pelo retorno de políticas mais estáveis, associadas ao governo anterior.

Protestos organizados por grupos como MoveOn indicam revitalização da oposição democrata.

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, alertou que os arancéis são "claramente inflacionários", com até 60% do custo repassado aos consumidores.

Produtos como café e eletrônicos já registraram aumentos.
 

Famílias de baixa renda nos EUA podem perder até 4% da renda líquida, pois gastam proporcionalmente mais em produtos básicos importados.
 

 Empresas como a Infiniti suspenderam produção no México devido a custos com tarifas, enquanto montadoras japonesas (Toyota, Honda) sofreram quedas de 25% nas ações.

A guerra tarifária de Trump redefine o comércio global, mas seu custo político e econômico é alto.

Enquanto a China adota uma postura beligerante, países como o Brasil priorizam a autonomia, e a pressão interna nos EUA sinaliza um possível recuo ou mudança de rumo.

O cenário atual lembra a imprevisibilidade da pandemia, com efeitos em cascata que ainda estão se desdobrando.

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