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Deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES): declarações e ações que contrariam os princípios éticos de um servidor público com repercussões negativas para o ES

Deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES): declarações e ações que contrariam os princípios éticos de um servidor público com repercussões negativas para o ES

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Por Carlinhos DJ, jornalista editor do imprensalivre desde 1993 

A atuação do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) tem sido marcada por uma série de declarações e ações que, de fato, contrariam os princípios éticos esperados de um servidor público e representante eleito, além de alimentar a polarização política e gerar repercussões negativas para o Espírito Santo.

Gilvan da Federal acumula um extenso histórico de declarações agressivas e discriminatórias:

Em 2022, durante uma sessão na Câmara de Vitória, ele questionou publicamente a identidade de gênero da ativista trans Deborah Sabará, afirmando que "Deus fez o homem e a mulher.

O resto é jacaré" e ridicularizou sua capacidade de engravidar .

Em 2021, chamou rituais de religiões afro-brasileiras de "macumba" e "satanismo", usando detergente e esponja para simular uma "limpeza" no plenário .
 

Atacou a vereadora Camila Valadão (PSOL) em múltiplas ocasiões, mandando-a "calar a boca" e criticando suas roupas, além de acusá-la de "assassina de crianças" por defender direitos reprodutivos .

Esses ataques renderam-lhe uma condenação por violência política de gênero em 2024 .


Em abril de 2025, durante uma comissão na Câmara, Gilvan declarou três vezes que desejava a morte do presidente Lula, associando-o a termos como "desgraça" e sugerindo que "nem o diabo o quer".

A AGU abriu investigação por possível incitação ao crime e ameaça, argumentando que tais falas excedem a imunidade parlamentar. 

Esse episódio foi amplamente criticado por autoridades, como a ministra Gleisi Hoffmann (PT), que o classificou como "a face mais cruel da política do ódio" .


Gilvan frequentemente ataca a imprensa, chamando-a de "manipuladora e mentirosa", e promove teorias conspiratórias, como ao defender a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 .

 

Como relator de um projeto para desarmar a segurança presidencial, ele vinculou a medida a ataques pessoais a Lula, o que especialistas interpretam como uma tentativa de facilitar agressões físicas .
 

Suas declarações extremistas têm dificultado a discussão sobre anistia a bolsonaristas, pois reforçam a percepção de que setores da direita ainda apoiam a violência como método político .


Eleito com 87.994 votos em 2022, Gilvan prioriza conflitos ideológicos em vez de pautas construtivas:

 

Em 2025, das 24 propostas de sua autoria, nenhuma foi relatada ou aprovada, e seu foco tem sido projetos simbólicos, como instituir o "Dia do Patriota" em referência aos atos golpistas de 8 de janeiro .
 

Gastou 51,61% de sua cota parlamentar em 2025, mas parte dos recursos foi direcionada a viagens e eventos sem transparência .

Natural do Maranhão, mas radicado no Espírito Santo, Gilvan tornou-se um símbolo negativo da política local:

Seus escândalos frequentemente ganham destaque na mídia nacional, associando o estado a retrocessos em direitos humanos e ética política .
 

Além das condenações por transfobia e injúria racial, responde a sete processos, incluindo uma denúncia no STF por abuso de imunidade parlamentar .

Gilvan da Federal representa um caso emblemático de como discursos de ódio e ações antidemocráticas podem corroer a legitimidade das instituições.

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