Por Carlinhos DJ, jornalista editor do imprensalivre desde 1993

Em um artigo de opinião, o jornalista (ou colunista/articulista) tem pleno direito de expressar seu ponto de vista pessoal, análise, crítica ou posicionamento sobre um assunto.

Essa é uma característica definidora do gênero "opinião", diferente de uma notícia (que deve ser factual e imparcial).

A ética jornalística exige responsabilidade nessa expressão a opinião deve ser fundamentada em fatos verificáveis, mesmo que a interpretação seja subjetiva.

Apresentar argumentos de forma clara, reconhecer eventuais limitações do próprio ponto de vista e evitar falácias, difamação, discurso de ódio, ataques pessoais gratuitos ou linguagem que incite à violência.

Deixar claro para o leitor que se trata de uma opinião (geralmente identificada como "artigo", "coluna", "análise", "opinião").

Não é obrigação do articulista, ao expressar sua opinião, "pedir nota" (ou seja, solicitar uma resposta ou direito de resposta formal) da pessoa ou entidade que está sendo criticada ou mencionada no artigo.
 

O artigo de opinião é o espaço do autor, ele expõe seu pensamento.
 

O direito de resposta é um mecanismo separado e garantido por lei (em muitos países) ou pelo manual de ética do veículo.

Se alguém se sentir ofendido, injustiçado ou alvo de acusações graves e falsas em um artigo, ela própria pode solicitar ao veículo o direito de se manifestar na mesma edição/espaço.

Cabe ao veículo avaliar se o pedido se enquadra nos critérios para conceder o direito de resposta.

A ética jornalística no artigo de opinião reside justamente no equilíbrio entre garantir a liberdade do jornalista/articulista de expressar sua visão pessoal.

Exigir que essa expressão seja feita com responsabilidade, baseada em fatos e dentro dos limites do respeito e da honestidade intelectual.
 

Reconhecer que esse gênero não requer a prévia consulta ou "autorização" das partes mencionadas para publicar a opinião.

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