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Governo Lula: Presidente da Cufa no G20 "Vamos mostrar ao mundo o que é um país chamado favela"

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A finalidade é produzir um documento onde as propostas consolidadas são apresentadas e debatidas.

Este evento é um passo para a construção de uma agenda unificada a ser levada ao G20 Social.

O presidente da Cufa, Preto Zezé falou sobre a importância desse encontro.

“Nós estamos aqui, numa reunião histórica, tendo o reconhecimento nacional do governo brasileiro que preside o G20, para a gente desencadear uma série de agendas importantes, e vamos mostrar ao mundo o que as economias mais potentes do mundo precisam conhecer, que é um país chamado favela”.

O documento vai ter sugestões de mais de 3 mil favelas de onde sairá um compilado para apresentar na reunião do G 20, em novembro, no Rio.

Preto Zezé falou que o enfrentamento da desigualdade social é um tema debatido por todos.

“Outro tema central é o empreendedorismo nas favelas, onde as pessoas empregam moradores das comunidades e geram economia e renda.

Além disso temos que focar na mobilidade, com o objetivo de melhorar infraestrutura desses lugares para a população.

Nosso objetivo é conseguir que as pessoas que vivem nessas favelas tenham dignidade”.

O presidente da Cufa falou também das religiões de matrizes africanas como o candomblé e a umbanda, que vivem em constante conflito com os evangélicos.

“Na verdade são várias religiões nas comunidades.

Tem macumba, tem espírita, tem evangélico.

O que nos interessa é o que as pessoas da comunidade realmente querem.

Religião todo mundo tem, todo mundo pega o mesmo ônibus, as crianças se encontram na mesma creche e os postos de saúde das comunidades são frequentados por todos os moradores e esses são pontos centrais que nos unem”.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, também participou da Conferência Estadual da Central Única das Favelas (CUFA). 

O G20 Favelas é uma iniciativa inovadora que coloca as favelas no mapa do G20, liderada pela Cufa, Central Única das Favelas e as frentes Nacional Antirracista e Parlamentar das Favelas, com chancela da Unesco Brasil.

Para o ministro Márcio Macêdo, a integração das perspectivas das favelas no diálogo global é um passo histórico dentro do G20 Social.

“Essa é uma criação inédita do Brasil, no ambiente dos chefes do Estado do G20.

Os debates já estão acontecendo no país inteiro e nos outros 20 países com a economia mais forte do mundo.

Estão sendo debatidos, engajamento, juventude, tribunais de contas, mulheres, trabalho e movimento social.

Os movimentos sociais do Brasil e desses países estão fazendo seus debates, como a Cufa está promovendo o G20 Favelas e isso vai culminar com o G20 Social que vai acontecer nos dias 14, 15 e 16 de novembro, antes da reunião da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Nós vamos produzir um documento que será entregue aos chefes de Estado”.

O ministro Márcio Macêdo disse que "esse é um dos desafios históricos do estado brasileiro que é aperfeiçoar a gestão para chegar a uma estrutura institucional preparada para lidar com a diversidade da democracia brasileira, não só expressa na força das organizações e movimentos sociais, mas na força das narrativas expressas pela sociedade em movimento, com as vozes de pessoas e comunidades que vivem, na ponta, não só os problemas, mas as soluções, pensadas sob a perspectiva local, projetadas para a escala global”, explicou.

Segundo o ministro, “esta é a grande inovação do G20 Social, que recebe com entusiasmo a agenda e atuação extremamente organizada e estratégica do G20 Favelas.

O presidente Lula costuma dizer que não há política pública que se efetive sem participação social.

Lugar de fazer política pública é nas ruas”, avaliou Macêdo. 

Da redação com informações da Agência Brasil       Foto:© Tomaz Silva/Agência Brasil Geral

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